Nesta cinzenta (e bela) manhã de domingo, trago aqui um escrito de Sofia, querida ex-aluna do curso de Direito da UFAL (minha monitora de Filosofia do Direito), talentosa escritora de contos e crônicas. Sofia gentilmente cedeu este texto (pra lá de existencialista...) para que eu o publicasse aqui. Bom domingo!
DESAPEGO
São desapegos disfarçados de palavras que destroem os detalhes, as partes do todo que por vezes não se sentem juntas, não se sentem unas.
Desapegos projetados em futuro não são planos, são esperanças estranhas que contrariam o sentido de prever o que ainda vem.
São distâncias, de fato, conservadas pelo limite do diálogo e pela indiferença da resposta. O momento que fora soberano e que no presente, encontra-se dividido em mil pedaços importantes, roubando, assim, a totalidade do agora.
Desapego não se junta com o quente, na verdade, desapego é frio, sem incômodos nem reclamações, porque, afinal, nunca se aproxima, nunca se atinge.
Talvez seja uma forma de olhar mais pra dentro e esquecer o que circunda a volta. É, quem sabe seja isso, só não diga que é cansaço, porque não é fadiga, é ausência de vontade, é desapego e só.
Madalena Sofia
18.05.09
18.05.09
3 comentários:
Elaine, obrigada pela homenagem... :)
Elaine querida,quero parabenizar a sua ex-aluna e amiga Madalena Sofia, pela beleza e sensilbilidade das sábias palavras em seus escritos,também a vc, por compartilhar com ela em seu blog.Muitos beijos da Mamãe!!!
Dona Eulina, obrigada pelas palavras.
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