domingo, 5 de outubro de 2008

20 anos de democracia



Há exatos 20 anos era promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil. Principal marco legal da transição da ditadura militar para a democracia, a Carta de 1988 colocou em destaque a dignidade humana e permitiu uma releitura do conceito de cidadania. Nessas duas décadas, o povo brasileiro protagonizou a vida política da Nação, participando de importantes decisões através do voto direto e secreto, fundamental para o livre exercício da cidadania. Neste ano, o aniversário da Constituição Federal coincide com as eleições municipais. Em todo o Brasil, o povo está mobilizado para escolher prefeitos e vereadores, seus representantes mais próximos. Embora as eleições diretas sejam sinônimo de liberdade, a presença da Polícia Militar e do Exército se faz necessária em algumas cidades do interior do Alagoas, onde o clima é tenso e marcado por pequenos conflitos. É o paradoxo LIBERDADE X FORÇA, que se faz necessário porque os conflitos de interesse que estão ao redor de mandatos eletivos normalmente não se resolvem na esfera jurídica, mas através da violência, sobretudo diante do grande número de candidatos que figuram como réus em processos criminais em Alagoas. Ainda assim, quero olhar para o processo democrático com bastante otimismo, pois entendo que cada eleição reforça a luta que foi travada pelos resistentes da ditaduta militar que reescreveram a história da liberdade no Brasil e permite a possibilidade de alguma renovação nas estruturas de poder. Preciso sair agora: vou exercer minha cidadania.

3 comentários:

Jomery Nery disse...

Felizes comentários sobre o advento das eleições. Certamente o paradoxo "Liberdade X Força" é uma realidade no Brasil. Ao falarmos da Constituição não podemos nos olvidar do que a mesma prevê em seu preâmbulo: " (...)destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais,a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento,a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna (...)" Como é possível observar, a fraternidade está cravada no meio do diamante bruto que é a nossa Constituição. Depende apenas de cada um de nós que lapidemos com nossos atos esta pedra preciosa.

Nadja Marinho disse...

Olá Prof.ª Elaine!
Passando para felicitá-la pelo seu dia =D

Abraço.

Elaine Pimentel disse...

Obrigada, Nadja!É o carinho dos alunos que faz com que a nossa atividade seja extremamente gratificante. Beijão!