domingo, 31 de maio de 2009

Fuga de Alcatraz


A Ilha de Alcatraz é localizada na cidade de San Francisco, na Califórnia, EUA. Inicialmente (1850 a 1930), a ilha era uma base militar, mas em 1934 foi convertida em prisão de segurança máxima, destinada a presos de altíssima periculosidade, como o famoso Al Capone. A prisão recebeu o mesmo nome da Ilha, mas também era conhecida como "A rocha". Assim como o Titanic era o navio que nem Deus poderia afundar (!), Alcatraz era a prisão da qual ninguém jamais conseguiria fugir. Assim como o Titanic afundou por conta de uma colisão com um iceberg, a segurança de Alcatraz foi violada pela fuga do assaltante de bancos Frank Morris, em 11 de junho de 1962.
Morris (foto ao lado) fez história e sua façanha foi um prato cheio para Hollywood, que produziu o filme Fuga de Alcatraz, protagonizado por Clint Eastwood. Neste final de semana assisti o filme pela segunda vez (depois de uns 10 anos...). Há tempos queria comprar o DVD original para compor a minha videoteca (Só compro DVDs originais e não abro mão disso). Quando o vi, na semana passada, adormecido nas prateleiras da livraria Saraiva, em Recife, tomei um agradável susto e imediatamente minha videoteca ficou mais rica. Aliás, minha intenção é ter todos os filmes de Clint Eastwood. Minha admiração pelo ator americano não vem de hoje. Considero um dos artistas mais completos de Hollywood, já que além de ator é cineasta, produtor e compositor.
Fica aqui a minha recomendação de um filme que, além de muito interessante pela fantástica atuação de Clint Eastwood, nos leva à famigerada prisão de Alcatraz e ao tratamento extremamente frio de uma prisão que, como afirma o seu diretor, em uma das primeiras cenas: "Não fabrica homens, fabrica presos".

sexta-feira, 29 de maio de 2009

E os juristas?

Meu texto sobre sociólogos em antropólogos suscitou questionamentos sobre a felicidade dos juristas. Cá estou eu, expondo estas mal-traçadas linhas. Antes de tudo, gostaria de ressaltar que, se isto aqui fosse um interrogatório, no melhor estilo inquisitorial, a pergunta teria como resposta um belo PREJUDICADO, pois juristas não gostam de apontar identidades entre o que pesquisam ou escrevem com suas próprias histórias de vida. Mas como se trata de um texto que tem por propósito gerar interrogações, sinto-me motivada em ir adiante.

O primeiro pressuposto é a dificuldade de se comparar juristas e cientistas sociais, pois Direito e Ciências Sociais são incomparáveis pelo próprio objeto. Enquanto cientistas sociais lidam com a realidade social, juristas lidam com normas jurídicas. A criação de uma cultura normativa exclusivista separou os juristas da realidade social e isso foi obra dos próprios pensadores do Direito inspirados no mais rígido positivismo. Metodologicamente, tendem a trabalhar na perspectiva do DEVER-SER e distanciam-se da realidade. Esse plano do SER, tão complexo e plural, deve-se amoldar ao DEVER-SER. Esquecem os positivistas que isso, não raro, é impossível... Como reconhece o próprio Comte, o tal patamar positivo do conhecimento - que pretende ir além do teológico e o metafísico - não se aplica às Ciências Sociais porque a complexidade social não permite a percepção da realidade a partir de regras como faz com as Ciências Naturais. O positivismo tem limites quando tem por objeto a dinâmica social.

Penso que essa separação entre juristas e Cientistas Sociais não tem razão de ser. Na verdade, o Direito é, originariamente, uma Ciência Social Aplicada, assim como o Serviço Social, por exemplo. A cultura normativista, porém, delineou o que se conhece por Ciência Jurídica e passou a tratar disciplinas como Sociologia, Antropologia, Ciência Política e até a Filosofia como "auxiliares" ao Direito. Por isso, quando o pesquisador do Direito trabalha numa perspectiva menos normativa, corre o risco de receber a seguinte sentença: "Isso não é Direito".

A visão normativa empedernida não dialoga com pesquisas de campo, nem tampouco com a participação dos atores sociais na produção do conhecimento. "Entrevista como recurso metodológico? Não... Como saberemos se é verdade o que falam as pessoas?". A verdade está, para eles, na norma!!! (Escreverei aqui sobre essa questão da verdade, algum dia...) Essa é uma perspectiva hegemônica do Direito, mas não é a única. Autores como Norberto Bobbio e Boaventura de Souza Santos apresentam uma visão mais aberta sobre a relação do Direito com as Ciências Sociais mais tradicionais. "Conhecimento prudente para uma vida decente" é uma das afirmações de Boaventura, no texto "Um discurso sobre as ciências". DEVER-SER sem uma ligação estreita com o SER é utopia. E injustiça, diga-se de passagem. É preciso agregar o senso comum ao conhecimento científico, inclusive jurídico. É preciso dar vida e voz aos sujeitos. A negação da subjetividade (não de subjetivismos) em Direito é tão forte, que até a linguagem impessoal é a marca dos textos jurídicos. "Sabe-se", "É cediço", "Observa-se"... esse é um sintoma de que alguns juristas se afastam do seu objeto, acreditando haver a tal neutralidade axiológica na produção do conhecimento.

Acredito que a pesquisa jurídica tem papel fundamental na humanização do próprio Direito. Mas para tanto, precisa se apropriar da realidade social, reconhecendo que as Ciências Sociais não são meras auxiliares, mas sim pressuposto do pensamento jurídico. Para mim, somente essa pespectiva faz sentido.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sobre o Segundo Ato




Acabo de chegar do Segundo Ato do programa UFAL em defesa da vida. Foi uma manhã de debates muito importantes, com a presença de estudantes, professores, representantes de instituições do Estado e da sociedade civil, como polícias, sindicatos, movimentos pela paz. As palestras do Dr. Pedro Montenegro (Coordenador do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura da Secretaria Nacional de Direitos Humanos) do Dr. Manoel Cavalcante (Presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública de Alagoas, Professor da Faculdade de Direito da UFAL e Juiz de Direito) enfatizaram os dados da violência, das apurações de crimes nas delegacias e dos julgamentos dos acusados, revelando a inquietante cifra de 3 apurações em cada 100 homicídios em Alagoas!!! Uma coisa que ficou bem clara foi a precariedade em cadeia no trato da segurança pública. Polícias, Ministério Público, Judiciário e Executivo, em especial através da improvisação que marca do sistema penitenciário. Também foram enfrentadas questões como a unificação das polícias, o desvio de função da Polícia Militar para fazer a segurança de autoridades do Legislativo, Executivo, Judiciário e Ministério Público, além da militarização - equivocada, em minha percepção - do sistema penitenciário alagoano.
Ao final, a Professora Ruth Vasconcelos, idealizadora do programa Ufal em defesa da vida comandou mais um ato simbólico para representar a violência em Alagoas: foi inaugurado um painel que marcará, mês a mês, o número de homicídios em Alagoas. O intuito não é gerar susto ou pânico, mas sensibilizar as pessoas, demonstrando que ali há mais do que cifras. São vidas. Nesse sentido, foram acesas velas para representar o número de mortes violentas ocorridas em Alagoas no primeiro semestre de 2009: mais de 450!
Não posso perder a oportunidade de comentar a apatia de alunos e professores da UFAL. Ouso fazer essa afirmação através das ausências que senti no evento. Pelo menos fiquei feliz em ver meia dúzia de queridos alunos do curso de Direito participando ativamente do Ato.
Aguardamos, então, as recomendações da PROEST, através da querida Ruth Vasconcelos, para o Terceiro Ato, no mês de junho!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ufal em defesa da vida - Segundo Ato


Amanhã acontecerá o segundo Ato do programa Ufal em defesa da vida. Será mais um momento para debates e esclarecimentos. Estarei lá! Transcrevo, na íntegra, o convite feito pela Pró-Reitoria Estudantil - PROEST:
Caros(as) Colegas, Estamos enviando, em anexo, a programação de mais um evento referente ao Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA. Realizaremos uma Mesa Redonda com o Tema: "Violência e Segurança Pública em Alagoas: desafios e possibilidades". Esta Mesa-Redonda acontecerá no dia 28 de maio, às 9hs, no Auditório da Reitoria. Os palestrantes serão: Pedro Montenegro (Coordenador do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos) e Manuel Cavalcante (Presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública/AL) . Solicitamos que divulguem com os(as) estudantes, professores(as), funcionários(as) e todas as pessoas que estejam interessadas em contribuir com atividades políticas em DEFESA DA VIDA. A Pró-Reitoria Estudantil conta com a sua colaboração, divulgando o evento e participando das discussões provocadas por este ATO.
Atenciosamente,
Pedro Nelson Bonfim Gomes Ribeiro
Pró-Reitor Estudantil
Ruth Vasconcelos
Coord. de Política Estudantil
Fátima Albuquerque
Coord. Ações Acadêmicas

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Diário de campo

Os antropólogos têm uma forma muito especial de lidar com seus objetos de estudo. Comprometidos em estreitar o contato com as comunidades que pesquisam, mergulham no cotidiano das pessoas, observam e vivenciam rituais e práticas. Por isso, implicam-se facilmente na formulação das conclusões a que chegam, sem qualquer temor do uso da primeira pessoa do singular em seus textos. Dentre as várias técnicas de pesquisa que utilizam, a observação parece ser uma das mais importantes, pois permite que a percepção do pesquisador, agregada a todos os elementos culturais que o compõem, seja mediadora de uma leitura particular daquela realidade. Por isso, um dos instrumentos fundamentais do antropólogo é o caderno de campo. Ali, ele tem a possibilidade de narrar as experiências vividas na pesquisa de campo, registrando cada fato observando, bem como impressões e sensações que aquilo causou nele. As narrativas de um antropólogo costumam ser iniciadas com a descrição da relação existente entre ele e o tema que pesquisa. Por que aquilo despertou o seu interesse? Como você está inserido no contexto da comunidade que pesquisa? Que elementos identitários o levam a pesquisar esse tema? As respostas a esses questionamentos podem estar presentes no produto final da pesquisa - Dissertação ou Tese, por exemplo - , mas certamente compõem, por si só, um texto bem interessante.
Uma amiga minha, pesquisadora da Paraíba, costuma dizer que os antropólogos são mais felizes que os sociólogos. Sempre achei essa afirmação muito curiosa. A justificativa é que a Sociologia tem um apego maior a teorias e epistemologias que, segundo ela, tendem a engessar o pesquisador. Contrariamente, a falta de apego a orientações teóricas quase matemáticas levam antropólgos a manter uma relação mais leve com seu objeto de pesquisa. A "felicidade", portanto, é uma consequência da postura da pesquisador, intrinsecamente ligada a sua postura diante da própria vida. Esse tipo de perspectiva causaria espanto em qualquer defensor da neutralidade axiológica na ciência. Essa suposta neutralidade, diga-se de passagem, é uma das maiores falácias que a humanidade já criou (escreverei sobre isso em outra oportunidade).
É curioso notar que a os sociólogos já começam a se apropriar (no melhor sentido da expressão) dessas práticas de pesquisa que os antropólogos há tanto tempo utilizam. As barreiras metodológicas entre Sociologia e Antropologia tendem a diminuir, de modo que haja maior integração no uso de técnicas de pesquisa. Posso testemunhar isso através da pesquisa que estou desenvolvendo para o Doutorado, cujo objeto são mulheres que cumpriram pena em regime fechado no Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia, em Maceió. Depois de selecioná-las a partir da análise dos prontuários (em andamento), tentarei entrevistar as ex-presidiárias em seus próprios ambientes domésticos e de trabalho (a esse respeito, já me deram uma série de conselhos, já me recomendaram cuidado, já me mandaram rezar!). Mas estou otimista. Acho que será uma experiência inesquecível, como já está sendo o próprio contato com o sistema de catalogação, identificação e anotação da vida carcerária das presidiárias, nos órgãos administrativos do Sistema Penitenciário Alagoano, onde desenvolvo a pesquisa. Com meu diário de campo em mãos, faço anotações desde o primeiro dia da pesquisa de campo. Ali registro fatos, diálogos, impressões e sentimentos que vivencio durante em campo. Daqui para o fim da pesquisa terei, certamente, vários caderninhos preenchidos (já que escrever é comigo mesmo!). Ao término da redação da Tese, terei um texto paralelo sobre os bastidores da pesquisa. Alguns dados e fatos poderão estar presentes no texto final da Tese. Outros, de jeito nenhum! Quem sabe meu diário de campo não terá um destino mais interessante ainda?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Territórios de Paz

Foi lançada hoje, no bairro Benedito Bentes, em Maceió, a primeira etapa do projeto Territórios de Paz, uma das políticas do PRONASCI, do Ministério da Justiça. A ideia é promover a paz através da atuação concreta da comunidade nos bairros, por meio de projetos como o PROTEJO e MULHERES DA PAZ. Eu estava lá. Ouvi do Ministro da Justiça, Tarso Genro, algo que já há tempos tenho convicção: "segurança pública não é só coisa de polícia". A atuação policial pode ajudar a desvendar crimes e até a evitá-los, através da inteligência policial e da polícia ostensiva, mas não corta o mal pela raiz. Por outro lado, não se pode afirmar que a criminalidade nasce da pobreza e da exclusão social. Venho batendo nessa tecla há muito tempo. No entanto, reconheço que nos espaços onde o Estado é omisso, sobretudo em termos de educação, o cenário se torna mais favorável às práticas desviantes. Conversando com pessoas envolvidas em movimentos sociais pela paz, com membros da Secretaria Municipal de Educação e com pesquisadores da área da violência, percebi um sentimento comum: receio de que todo aquele teatro armado na Praça Padre Cícero, no Benedito Bentes - com direito a Polícia Militar, Polícia Federal, Força Nacional, Corpo de Bombeiros, etc. etc. etc. -, para o lançamento de uma campanha de PAZ, não seja apenas mais um espetáculo circense, vindo de cima para baixo, ou seja, do Ministério da Justiça para as comunidades, sem a particpação efetiva do povo nos ajustes necessários para a inclusão pela cidadania. Esse receio se tornou mais forte ainda quando o prefeito de Maceió, Cícero Almeida, declarou seu novo "amor" pelo PT, que agora integra a gestão municipal. Como diria Ricardo Mota, Almeida é, a partir de agora, amigo de infância do Lula. Só espero que a boa vontade do povo alagoano, sedento de políticas públicas efetivas de promoção da cidadania, não seja, mais uma vez, utilizada para ajustes políticos escusos. A esperança é a última que morre. No entanto, um dia ela morre.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Anjos do Sol...


Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Ao longo das últimas semanas a imprensa nacional e local vem exibindo reportagens especiais sobre casos que ocorreram em todo o País e os movimentos sociais ligados ao tema realizam eventos com o propósito de dar visibilidade ao problema e incentivar as denúncias. Como se não bastasse a crueldade dessas práticas em si, há um fator de perversidade que torna a questão ainda mais complexa: os autores dos abusos e da exploração sexual são, normalmente, pessoas do convívio da criança, que violam o vínculo de confiança comumente presentes nas relações domésticas. É por isso que poucos casos chegam ao conhecimento das autoridades responsáveis. A grande maioria das agressões permenece no silêncio das cifras negras (dados que não fazem parte das estatísticas oficiais). Assim, os crimes se repetem por anos a fio, até que a criança, já na adolescência ou na fase adulta, encontre o momento apropriado para revelar a lamentável violência sofrida.
No caso da exploração sexual (expressão mais adequada que "prostituição infantil"), há outros fatores também envolvidos. No Brasil, há um verdadeiro mercado de crianças e adolescentes que sofrem todo tipo de violência em bares e boates, depois de serem literalmente vendidas pelos pais a pessoas que prometem "educação e emprego" nas grandes cidades. As condições desumanas em que vivem essas crianças são inacreditáveis. Para quem quer compreender um pouco melhor essa triste realidade, recomendo o filme brasileiro Anjos do Sol, cujo roteiro é baseado em fatos reais noticiados pela imprensa e em dados e relatórios do Ministério da Justiça. Faço apenas uma ressalva: é preciso ter estômago para assistir o filme. A digestão é bem difícil...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

V Semana de Direitos Humanos da SEUNE


Já é tradicional no cenário de eventos jurídico de Alagoas a Semana de Direitos Humanos da SEUNE. A cada ano, nossa amiga Cláudia Amaral coordena o planejamento e a execução do evento, trazendo ao público alagoano temas atuais e relavantes ligados aos direitos humanos. Neste ano, o tema da V Semana de Direitos Humanos é "O direito fundamental ao trabalho e a atual conjuntura econômica". Além de conferências e palestras, o evento conta com atividades de extensão que envolvem minicursos e mostra de cinema. Parabéns a todos que fazem a SEUNE pela organização do evento. Estarei lá!

Informações pelo telefone 3336-2640.

(Clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dialética da existência

O lado poético e inspirador das chuvas silencia diante das trajédias que ocorreram na madrugada de hoje em Alagoas. É triste ver o desespero das pessoas que perderam familiares, casas, objetos pessoais, documentos. A Defesa Civil de Alagoas não tem estrutura para dar conta de tantos chamados oriundos de desabamentos de encostas nas periferias. Lamentável. Até mesmo o Hospital Geral do Estado, que sem chuva já sofre pela falta de estrutura, pessoal e material adequado para a demanda da saúde, amanheceu inundado no dia de hoje. Se o atendimento já era ruim, piorou. É triste perceber que as ações do Poder Público são sempre paliativas. Daqui a pouco a imprensa deixar de noticiar esses fatos e todo o sofrimento vivido por essas pessoas cai no esquecimento da população. Somente eles, as vítimas, jamais esquecerão dos momentos de horror pelos quais passaram. Ontem, eu cantava a chuva. Hoje, lamento. É a dialética da existência.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

I'm singing in the rain



As chuvas do dia de hoje me fizeram lembrar do musical Singing in the rain, no qual Gene Kelly protagoniza uma das cenas mais belas que Hollywood já produziu. Sei que as chuvas têm um grande poder destrutivo, sobretudo aqui em Alagoas, onde há cidades e bairros muito vulneráveis. Isso é mesmo lamentável. Mas há algo místico e inspirador na chuva, que só alguns podem compreender. Se você, leitor(a), for um deles, relembre comigo o belo clássico hollywoodiano aqui.
SINGING IN THE RAIN

I'm singing in the rain
Just singing in the rain
What a glorious feelin'
I'm happy again
I'm laughing at clouds
So dark up above
The sun's in my heart
And I'm ready for love
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place
Come on with the rain
I've a smile on my face
I walk down the lane
With a happy refrain
Just singin',
Singin' in the rain

Dancin' in the rain
Dee-ah dee-ah dee-ah
Dee-ah dee-ah dee-ah
I'm happy again!
I'm singin' and dancin' in the rain!

I'm dancin' and singin' in the rain...
[ADDITIONAL VERSE]
Why am I smiling
And why do I sing?
Why does September Seem sunny as spring?
Why do I get up
Each morning and start?
Happy and head up
With joy in my heart
Why is each new task
A trifle to do?
Because I am living
A life full of you.

domingo, 10 de maio de 2009

Dia das Mães

Recebi este texto, escrito pelo primo Fausto. Acho que é uma bela mensagem para o dia de hoje:
"Hoje aprendi mais um pouquinho do significado da vida. Embora tenha idade para achar que já conheço de tudo, conversando com a minha eterna namorada, com quem estou casado há 29 anos, sempre sorvo da sua inteligência para adicionar ao muito pouco que sei... Vivemos, sem que percebamos, os 365 dias do ano dispo níveis para que possamos dedicar um minuto de atenção às nossas mulheres, seja mãe, esposa, namorada, avó ou irmã. Um afago, um gesto, um olhar carinhoso. Tudo muito simples, mas de um valor inquestionável. Pouco im porta se o comércio elege um dia exclusivo para home nageá-las. O que faz a diferença é o nosso comportamento durante o ano, os anos, nossa existência. Estar ao lado, margeando o infinito para buscar o impossível. Um sorriso, um pedido de desculpa, a procura pelo seu melhor ... isto não tem preço. Não vamos nos lembrar de um único dia, mas de todos os dias. Gostaria de ter as palavras corretas, mais abrangentes, para relatar meu apreço por todas as mulheres, especialmente à minha querida esposa. Reconheçamos que não estaríamos aqui se não fôssemos frutos de uma mulher. Gerados e fortificados. Sem raça, credo religioso, idioma, ideologia: todos somos sementes cultivadas em um ventre, seja você quem quer que seja. Obrigado, Mãe. Não escreveria estas linhas sem o seu existir, não teria quem as lessem sem que houvessem as brisas do seu Amor".
Fausto Luiz da Costa Guilherme

terça-feira, 5 de maio de 2009

O relato de Nanna


Acontecerá na sexta-feira, dia 8 de maio, o lançamento do primeiro livro do meu irmão, Humberto Pimentel. O livro é intitulado "O relato de Nanna". Trata-se de uma interessante ficção criada pela fértil imaginação de Humberto, que assina o blog Domingo à Noite, onde também apresenta alguns contos que revelam o seu talento literário. Eu, que já li o livro, posso assegurar aos amantes da literatura que se trata de uma excelente leitura.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Maiêutica infantil... Xeque-mate!

Cada vez me convenço mais de que a maiêutica utilizada por Sócrates teve inspiração nas crianças com menos de 5 anos de idade. A curiosidade infantil, aliada a uma verdadeira atitude filosófica dos miúdos (como diriam os amigos portugueses...) nos coloca diante de sucessivas perguntas que chegam a um ponto insustentável. A coisa é ainda mais drástica na famigerada fase do "Por quê?". Ontem tive mais uma demonstração disso:
DIÁLOGO I
Celina: Tia Laine, por que ela já comeu tudo? ("Ela" é uma amiguinha)
Eu: Porque ela comeu rápido.
Celina: Por que ela comeu rápido?
Eu: Porque ela estava com fome.
Celina: Por que ela estava com fome?
Eu: Porque a barriguinha dela estava vazia.
Celina: Por que a barriguinha dela estava vazia?
Eu: (...)
(Confesso que até pensei em explicar algo mais aprofundado sobre a digestão ou coisa assim, mas achei que seria demais para uma menina de 3 anos... Além disso, geraria novos "Por quês?")
Resultado: Xeque-mate!
DIÁLOGO II
Celina: Tia Laine, o que é isso?
Eu: É a minha bolsa.
Celina: Por quê?
Eu: (...)
Resultado: Xeque-mate!