segunda-feira, 9 de março de 2009

Em briga de marido e mulher...

Estava eu, hoje pela manhã, na escola estadual Rodriguez de Melo, no bairro do Vegel, em Maceió. Fui a convite da Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, com o propósito de proferir uma palestra sobre a violência contra a mulher para jovens entre 15 e 24 anos, moradores das periferias de Maceió e atendidos pelo projeto PROTEJO, ligado ao PRONASCI, do Ministério da Justiça. Experiência ímpar, garanto. Muita interação, muito senso de humor, muitos questionamentos. Lá pelas tantas, buscando demonstrar a importância de se discutir publicamente as questões relacionadas à violência doméstica, participei do seguinte diálogo:
- Vocês lembram daquele ditado "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher"?
- Que nada, Tia! Hoje em dia se mete é a faca!!!
Três segundos para digerir a resposta... Welcome to the jungle!

4 comentários:

Jomery Nery disse...

Elaine,
certamente o comentário feito foi totalmente supérfluo, não apenas pelo fato de terem te chamado de tia, mas por toda a agressividade que contem a frase. No entanto, como esperar algo diferente de alguém que convive com violência diariamente?
É lamentável, mas não é o que se vê, é o que se vive, pois seguramente o comentário feito expressa a profunda segregação social em que nos encontramos.
Beijo

Elaine Pimentel disse...

É, Jomery... Sabendo de onde eles vêm e da realidade que vivenciam, é possível compreender uma reação dessa natureza. O tom não foi de agressividade, mas sim de humor. Menos mal... Beijos.

Fausto Luiz disse...

Não se deixe quedar diante de tanta perversidade.Infelizmente somos assim, enrustidos transgressores.Quando necessário,
arrancamos semblantes reflexivos
com inacreditáveis mergulhos no
mundo imundo que nos atrai.Não adianta despejar nossa insaciável
benevolência sôbre as cabeças dessas almas...
Beijo,

Primo Fausto Luiz

P.S. Parabéns,Moacir! Elaine cada vez mais bela, anjo à sombra da mãe, divina como ela.

Elaine Pimentel disse...

Obrigada por palavras tão carinhosas, primo Fausto! Sua presença no meu blog muito me alegra. Beijão!