domingo, 31 de agosto de 2008
Mundo em movimentos
Revista Psique Ciência & Vida

quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Antanas Mockus

terça-feira, 26 de agosto de 2008
A complexidade da violência

Hoje pela manhã participei de uma Jornada de Psicologia, que teve como tema a violência. O evento aconteceu no Hospital Psiquiátrico Portugal Ramalho, único hospital público de Alagoas que, além de tratar pessoas com doenças mentais, oferece tratamento para dependentes químicos. Tive o prazer de dividir a mesa com a psicóloga Lenise Cajueiro, que trouxe o olhar da Psicologia sobre a violência. Minha abordagem foi sociológica e busquei enfatizar a complexidade do fenômeno da violência, que não pode ser abordado unilateralmente - apenas no viés subjetivo, social ou jurídico. Para ser compreendida, a violência precisa ser pensada numa base interdisciplinar, sem ignorar, inclusive, a dimensão econômica da coisa, que desemboca numa questão de gestão e administração pública. A violência contemporânea é dotada de grande ambiguidade, pois ao mesmo tempo em que ameaça a convivência pública e democrática, torna-se elemento estruturador e constitutivo do tecido social, influenciando novas formas de articulação da sociedade civil. Não quero dizer, com isso, que a violência tem um "lado bom", mas é preciso reconhecer que mesmo as situações adversas da convivência humana podem tornar-se elementos de rearticulação social e cultural. Nas periferias, por exemplo, além das associações de bairros, expressões artísticas como o rap e o funk encontram na violência o motivo para essa articulação. Com isso, a vida social é reescrita e novas configurações de sociabilidade são estabelecidas. É nesse sentido que a violência se torna estruturante. Essa reflexão, porém, passa ao largo daquilo que vivenciam as vítimas de violência, sobretudo nas grandes cidades, permeadas por uma atmosfera de terror e pânico capaz de modificar o modo de vida das pessoas (ver charge acima). Por outro lado, além da violência física, é preciso pensar em outras expressões da violência, como a de ordem psicológica (moral e material) e a de natureza simbólica (de gênero, raça e classe). Emfim, como fenômeno dinâmico, a violência proporciona um debate inesgotável e fundamental para que se possa pensar em soluções para uma vida social mais feliz, à la Platão.
domingo, 24 de agosto de 2008
Na natureza selvagem

sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Ó, Maceió, você roubou meu coração!
Trio Augur, da Alemanha
Berthold Guggenberger, amigo do Coretfal há mais de uma década, nasceu em Augsburg /Alemanha. Estudou com os professores Georg Baynov, Kolja Lessing, Konrad von der Goltz, Ladislau Kiss e Herwig Zack. Tem cursos de aperfeicoamento (Masterclasses) com os professores Victor Pikeisen, Yehudi Menuhin, Henry W. Meyer, William Pleeth e Mstislav Rostropowitsch. Participou de eventos internacionais de música, entre eles, o Festival de Música de Schleswig-Holstein e Academia de Música Internacional de Pommersfelden, além de turnês apresentando concertos na Alemanha e em outros países do continente Europeu e América do Sul, incluindo o Brasil. É membro da Orchestra Synfonica de Hof, Orchestra Synfonica das Nações e Orchestra Filarmônica de Koblenz, professor de violino e viola e spalla (primeiro violino) da Orquestra de Giengen.
O violoncelista e contrabaixista Roman Guggenberger, irmão de Berthold, estudou com os professores Peter Buck (Melos Quartett), Carine Georgian e Mikel Flaksman. Fez cursos de aperfeiçoamento com os professores Paul Szabo (Vegh Quartett) William Pleeth e Henry W. Meyer (La Salle Quartett). Realizou várias turnês na Alemanha e em outros paises com a Filarmônica Alemã dos Jovens, o Conjunto de Câmera do Grupo M e o Conjunto de Colonia. É professor de violoncelo e integrante da Orquestra de Giengen.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Propaganda eleitoral gratuita
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Para compreender a violência em Alagoas


NEVIAL
sábado, 16 de agosto de 2008
Feminismo em Portugal
Intercâmbio acadêmico em Portugal
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Não é do Fagner...
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
A arte de escrever

domingo, 3 de agosto de 2008
Sobre âncoras e espelhos d´água
Imperdível!

sábado, 2 de agosto de 2008
A saga de Lampião

O programa Terra e Mar, da TV Gazeta, mostrou hoje um pouco da história do Cangaço, com especial ênfase à figura de Lampião e seu bando. O Cangaço é anterior a Lampião, mas somente com ele passa ter a face que hoje conhecemos. Entre herói e bandido, Virgulino Ferreira (Lampião) tornou-se uma figura quase folclórica, que inspira artesãos, artistas plásticos, repentistas e compositores. Assim também sua companheira, Maria Bonita, mulher forte e guerreira, além de outros cangaceiros, como Corisco e Dadá. Cresci ouvindo histórias sobre o bando de Lampião e suas andanças pelo interior do Estado de Alagoas. Sua fama de sanguinário corria todo o Nordeste, criando uma atmosfera de medo e angústia. Se aparecia um boato de que o tal bando estava por perto, as pessoas se trancavam em suas casas, apagavam todas as luzes, faziam silêncio absoluto. Algumas viagens ao município de Piranhas, em Alagoas, acentuaram o meu interesse pelo tema, sobretudo porque pude visitar um museu onde estão expostos objetos do Cangaço, bem como a Gruta de Angicos, onde aconteceu a chacina que vitimou Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros. O mais curioso são as histórias contadas pelos guias locais, cuja veracidade não posso atestar. Maria Bonita, por exemplo, seria casada com um alfaiate. Apaixonou-se por Lampião, largou o marido e uniu-se ao chefe do Cangaço, tornando-se a mais famosa cangaceira da história. Lampião, por sua vez, era muito vaidoso: usava perfumes caros, tomava uísque, gostava de jóias (ouro e pedras preciosas) e fazia de suas roupas de couro verdadeiras obras de arte. Não foi à toa que permitiu ser filmado pelo mascate libanês Benjamin Abrahão, como podemos ver no filme Baile Perfumado, que apresenta cenas reais de Lampião e seu bando. Outro fato que muito me surpreendeu foi saber que as cabeças dos cangaceiros assassinados (expostas na escadaria da Prefeitura de Piranhas) foram levadas para Salvador, na Bahia, com o propósito de serem submetidas a exames criminológicos. O que se queria era averiguar se a anatomia daqueles crânios estava em conformidade com o que descrevia Lombroso, em L'Uomo Delinquente, acerca do criminoso nato e atávico. Como estudiosa da Criminologia, não pude deixar de achar aquilo extremamente interessante. Por outro lado, ao visitar o santuáro do Pe. Cícero, em Juazeiro do Norte, no Ceará, fiquei sabendo que Pe. Cícero (outro personagem controvertido da história do Nordeste) era padrinho de Crisma de Lampião e isso tinha implicações políticas para a época. Isso sem falar que, no caminho para Juazeiro do Norte, paramos para almoçar em Serra Talhada e descobrimos, ao consultarmos nosso guia de viagens, que aquela era a cidade onde havia nascido Lampião. Tentamos visitar a casa dele, mas não estava aberta para visitação. Um bom motivo para voltar ali, pensei. Não pude deixar de refletir sobre a forte presença da saga de Lampião em grande parte do Nordeste (principalmente entre os Estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia). Lamento, apenas, não ter tempo de ler mais sobre o tema. sexta-feira, 1 de agosto de 2008
E por falar em saudade...

