domingo, 22 de março de 2009

Sem limites...

Fui surpreendida, hoje, com a notícia da violência cometida contra o Padre Henrique Soares, covardemente espancado por quatro homens que o assaltaram quando retornava de Poxim (Coruripe), onde acabara de celebrar uma missa. Episódios como esse nos colocam, mais uma vez, diante da total ausência de freios morais que marca a contemporaneidade e que se expressa nas mais cruéis formas de violência e criminalidade. Recomendo a leitura do blog do Padre Henrique que, felizmente, é um homem de uma densa e profunda fé cristã, que faz dele um exemplo para todos nós. Mesmo marcado pelas dores que certamente não são apenas físicas, o religioso faz, ali, uma reflexão muito serena sobre o que aconteceu. Também o irmão do Padre Henrique, o advogado Adriano Soares, tratou do tema em seu blog "Dialogando".
É mesmo lamentável que no ano em que a Campanha da Fraternidade trata dos desafios da segurança pública, dois padres tenham sido vítima de violência na cidade de Maceió (O outro foi o Padre Petrúcio, assaltado em sua própria casa, no bairro da Mangabeiras, por homens armados, que também o agrediram). Que esses fatos sejam mais um incentivo ao enfrentamento da questão da violência, não somente pela Igreja Católica, mas por toda a sociedade civil. Não basta, apenas, que fiquemos indignados diante dos fatos... É preciso sair da inércia. Há poucos dias tratei, aqui, da campanha "Ufal em defesa da vida", que convoca a comunidade acadêmica e a sociedade civil a participar de um ato público no campus A.C. Simões, no dia 02 de abril. Espisódios como esse que aconteceu com o Padre Henrique demonstram a importância desse movimento.

6 comentários:

Humberto disse...

Um acontecimento realmente muito lamentável. Como você disse, a contemporâneidade tem trazido, entre outras coisas, a diluição de conceitos e práticas importantes para o convívio entre os homens. Não sei onde podemos chegar assim...
Algo tem de ser feito.
Beijos

Eulina Costa disse...

Sabe Elaine,tudo isso que vemos nos dias de hoje, cada vez mais, um acontecimento inédito de violência,quer seja na família,no trabalho e até aos religiosos que pregam a paz, que evangelizam,eu acho que é a ausência de Deus no coração das pessoas,onde habita a falta de amor ao próximo e o derespeito a vida humana.É lamentável o que aconteceu com Pe.Henrique,com Pe.Petrúcio,com um casal de irmãos biológicos evangélicos e com o padre que fatalmente perdeu a vida, como o padre espanhol lá em Recife, quando saía de um trabalho missionário com pessoas carentes.Por tudo isso,precisamos elevar nossos pensamentos a Deus constantemente e dizer:"Senhor, aumentai a minha fé".Tenho certeza que,no momento de seu sofrimento,o Pe. Henrique se lembrou das palavras de Cristo crucificado e disse a Deus:"Pai,eles não sabem o que fazem",perdoa-lhes.Digo isso porque, o padre vivenciou um pouco o sofrimento de Cristo em sua pele e em sua dignidade, e, em sua fé,demonstrou como sentiu Jesus tão pertinho dele naqueles momentos com seus torturadores.Estamos no tempo da Quaresma,portanto, estes acontecimentos nos leva a refletir cada vez mais, o que foi a Paixão de Cristo, filho de Deus, que O enviou para salvar a humanidade.Vamos crer e amar cada vez mais este Deus maravilhoso.Parabens pelas palavras do seu artigo ,Deus lhe abençoe,muitos beijos da sua mamãe.

Jomery Nery disse...

Elaine,
ao ver a foto do Pe. Henrique, tive a certeza de que Deus opera em nossas almas e nos faz superar as dores vivenciadas.
Sou totalmente solidário aos sentimentos da família e da sociedade a este respeito.
Um beijo

Leda Almeida disse...

Oi Elaine, andei viajando e por essa razão dei uma trégua na net. A despeito da violência e da nossa dor diante dela, vale lembrar que são sentimentos de generosidade como os seus, e não a violência o que não tem limites.
Bom, quero acreditar nisso.
beijos doces!

Georgina Bomfim disse...

[A parte que nos cabe de irracinalidade em uns é tão devastadora que nos traz acontecimentos de sangue e dor] Vamos sim conseguir melhorar essa realidade, já iniciei a divulgação e a contribuição para o pojeto "Ufal em Defesa da Vida". E desistir nem pensar.

Elaine Pimentel disse...

Adorei os comentários!